O candidato Marcelo Freixo (PSOL) para Prefeitura do Rio de Janeiro
teve um encontro com sambistas nesta sexta-feira, no Cais da Imperatriz,
Zona Portuária, para falar sobre suas propostas para o carnaval do Rio.
Freixo comprometeu-se, caso eleito, criar uma subsecretaria municipal
do carnaval e expandir o diálogo com as escolas de todos os grupos além,
dos blocos de rua. Ainda durante o encontro, o candidato do PSOL propôs
democratizar o acesso aos desfiles das escolas do Grupo Especial. Ele
pretende trabalhar em parceria com a Liesa para garantir preços
populares na arquibancada e não limitar as classes mais humildes ao
primeiro ou aos últimos setores da Sapucaí.
–
Há quatro anos, quando pensávamos em uma possível candidatura passei a
ter encontros para ouvir as necessidades de cada setor e, me falaram que
tinha um grupo ligado ao carnaval que queria conversar comigo. Na
época, me reuni com um grupo pequenininho, composto de sambistas e
alguns jornalistas da área. A partir dali tive ideia de como é complexo e
passei a me interessar mais pelo assunto. Hoje estou vendo como essa
corrente cresceu. Ver todas essas pessoas que estão aqui hoje falando
sobre esse assunto me deixa muito feliz, porque a gente olha para trás e
vê como estava certo. Na ocasião, fui lá para ouvir, e é isso quero
continuar fazendo, ouvindo vocês – garantiu o candidato.
Durante o encontro, Freixo ouviu sugestões de pessoas ligadas aos e
blocos do Rio e escolas de samba. O candidato fez questão de desmentir
boatos de que teria planos de ‘destruir o carnaval’ e por fim na
‘Liesa’.

Representantes de escolas de samba e de blocos tiveram a palavra
durante o evento e, o que a maioria pediu a Marcelo Freixo, caso eleito,
é que ele repense o modelo de blocos de rua, além de expandir o diálogo
com as agremiações e ressaltar a importância delas para a cultura do
Rio de Janeiro. O jornalista e escritor Fábio Fabato expôs seu
descontentamento com a ‘mercantilização do carnaval’.

Em resposta ao público presente, o candidato do PSOL afirmou que a
prefeitura não pode fugir da responsabilidade de fazer o carnaval. Ele
pretende estar próximo das pessoas que fazem a festa acontecer.
– A subsecretaria municipal de carnaval terá como principal função
garantir a participação do poder público na gestão do desfile das
escolas de samba e na organização do carnaval de rua. Isso não significa
o esvaziamento da importância da Riotur. Muito pelo contrário. A Riotur
cumpre um papel decisivo no que se refere às políticas voltadas para o
turismo durante o carnaval. Mas a prefeitura precisa pensar o carnaval
para além do turismo – afirmou Freixo que também se comprometeu em
antecipar o repasse dado às escolas de samba pela prefeitura.

– Andei conversando com os representantes de hotéis e ouvi deles que
preferem ter vários eventos na cidade ao invés de um único grande evento
como o Rèveillon, por exemplo. Por que não fazer uma parceria com os
hotéis para eles levarem seus hóspedes na Portela, ao Império Serrano,
Casa do Jongo? Vamos dialogar com as escolas de sambas e blocos de rua
para desenvolver um calendário de festas carnavalescas fora do período
do carnaval, ocupando diversas áreas da cidade, como é o caso do
Boulevard Olímpico, do Parque Madureira e do Sambódromo. Isso valoriza a
cultura do carnaval, aquece o turismo na cidade e amplia as
possibilidades de lazer dos cariocas.
Escolas da Intendendte Magalhães
Durante sua fala, Marcelo Freixo propôs ajuda também para as escolas de samba que desfilam na Intendente Magalhães.

Freixo
grantiu que fará a Cidade do Samba 2 e que gastar com o carnaval é
investimento, não só financeiro, mas fundamentalmente cultural.
– Vamos conversar com todas as escolas de samba para definir o melhor
local e estabelecer um plano de metas para a conclusão da obra da
sonhada sede para a Cidade do samba 2. Existem muitos galpões, fábricas e
armazéns abandonados na cidade que poderiam ser recuperados para
servirem para isso. Um bom exemplo é a antiga fábrica de sabão
localizada na Avenida Brasil. Mas tudo isso tem que ser feito com muito
cuidado e planejamento, respeitando os limites orçamentários do
município. Embora tenhamos clareza que gastar com carnaval é
investimento não só financeiro, porque a festa dá lucro aos cofres do
município, mas principalmente investimento cultural – finalizou o
candidato do PSOL.
FONTE: CARNAVALESCO
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