
– Já assinamos os contratos com a Riotur, tanto da montagem da Avenida, a sua autorização e permissão de uso, quanto em relação ao contrato com as escolas. Demorou um tempo maior, uma série de intercorrências, mas agora está tudo assinado, e a partir daí que vem a verba, e as escolas precisam dela para tocarem seus carnavais. São duas parcelas de R$ 450 mil, uma agora e outra em até o final de novembro, e R$ 100 mil logo após a prestação de contas. E tem o processo feito pela Riotur de busca de patrocínio privado ou via Lei Rouanet para os 6 milhões e meio que ficaram faltando, correspondentes, por escola, aos R$ 500 mil. São, total, 1 milhão da prefeitura, 500 mil de iniciativa privada, segundo a Riotur, pra cada escola, e uma tentativa nossa de 1 milhão de reais via governo federal. O contrato e verba é específico com cada agremiação e não envolve a Liga, mas nós supervisionamos e orientamos as escolas – explicou Castanheira.
O presidente da Liga falou ainda sobre o patrocínio oriundo de empresas públicas e privadas, e destacou que as escolas só começaram a trabalhar porque receberam de início a verba relativa a transmissão televisiva.

Castanheira aproveitou a oportunidade para fazer um retrospecto dos eventos que atrasaram o cronograma e explicar como cada um foi, ou ainda está sendo, solucionado.

Interdição dos barracões pelo Ministério do Trabalho
O presidente da Liesa explicou ainda os motivos para o Ministério do
Trabalho ter impedido a abertura de barracões da Cidade do Samba. Ele
destacou ainda que as escolas já estão se adequando as orientações do
órgão.
–
Eu tinha feito uma visita, no ano passado, neste mesmo período, à
Superintendência Regional do Trabalho aqui no Rio, e conversando com
eles, levantamos a possibilidade deles nos orientarem sobre o processo
de produção nos barracões, o que fazer, o que não fazer. Estivemos com
eles de novo em abril, na Cidade do Samba, em uma visita informal. Mas
veio o Rock in Rio, que era a prioridade pra eles naquele momento. Mas
justamente nesse momento, ocorreu a fatalidade no barracão da São
Clemente, com um prestador de serviço, e isso fez com que o Ministério
do Trabalho antecipasse mais ainda esta visita e levantasse o que estava
acontecendo em cada barracão. Num primeiro momento, eles notificaram a
Liga, interditando oito barracões que eles tinham visitado, e depois
fizeram uma “interdição específica”, mostrando o que havia de errado em
cada um dos oito. Muita coisa está sendo solucionada, algumas exigem um
trabalho de infraestrutura. Todos os pontos estão sendo analisados,
tivemos várias reuniões nas últimas semanas com o Ministério do Trablho.
Uma dessas reuniões, na última sexta, contou inclusive com a presença
de todas as agremiações, para tomarem ciência do que deveria ser feito, e
assim, acionarmos o Ministério do Trabalho para eles desinterditarem os
barracões. Dos treze, oito estão interditados, e cinco notificados a
observarem aquelas mesmas normas para que não haja interdição. As
escolas tem sido parceiras para sanar tais dificuldades – disse o
presidente.
‘As escolas já estão trabalhando, apesar do atraso no cronograma’
Mesmo com todos os empecilhos para a realização do carnaval, como
corte de verbas, interdições, atrasos, Castanheira explicou que nada
disso inviabilizou a realização da festa, uma vez que as escolas se
adequaram a esse novo quadro.
– Nós tivemos vários eventos sendo realizados no Sambódromo, e isso
dificultou um pouco a nossa montagem do espetáculo. Recentemente teve
uma corrida lá, tivemos que desmontar frisas que já estavam montadas.
Coisas assim são imprevisíveis, atrasam o cronograma. Agora em novembro
terá o show do Bruno Mars lá, promovido pela Riotur, e a gente adapta a
montagem em função dos eventos. É mais trabalhoso, mais difícil, mas a
gente se adequa. No domingo anterior aos desfiles, nós vamos ter a
Lavagem do Sambódromo, com teste de luz e som, e a presença das
agremiações campeãs do carnaval 2017. Em comum acordo, ficou definido
que a Mocidade abrirá este espetáculo e a Portela vai encerrar.
FONTE: CARNAVALESCO
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